Golpes do 'falso advogado' e da 'falsa central bancária' causam prejuízo de R$ 158 mil a vítimas do DF
Golpe do falso advogado e falso bancário: PCDF deflagra operação contra organizações especializadas em golpes de estelionato, em São Paulo.
Reprodução/PCDF
Ao longo desta semana, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 14° DP, realizou uma operação para desarticular organizações criminosas que aplicaram o golpe do "falso advogado e falsa central bancária" em moradores do Gama, no DF.
🔍 No "golpe do falso advogado", criminosos se passam por advogados para prometer a liberação de benefícios ou indenizações e pedir pagamentos adiantados. Já na "falsa central bancária", eles se passam por gerentes ou atendentes e induzem operações em aplicativo bancário (entenda mais abaixo).
Ao todo, os golpes somam mais de R$158 mil em prejuízos a três vítimas:
uma delas perdeu R$ 29,8 mil;
outra, R$ 59,4 mil;
e a terceira R$ 69,7 mil.
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A operação, nomeada "Voz de Loki", cumpriu 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cubatão e Guarujá, em São Paulo capital, e contou com apoio da Polícia Civil da região.
A PCDF reuniu três inquéritos — contra três organizações criminosas — que investigam crimes de estelionato, nas modalidades conhecidas como falso advogado e falsa central bancária contra vítimas residentes do Gama, no DF.
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Como os golpes eram realizados?
Nesses golpes, a vítima recebe ligação de indivíduos que se passam por gerentes de bancos ou atendentes de segurança, sendo induzida a realizar operações em seu aplicativo bancário, o que permite aos criminosos acessar suas contas e subtrair valores.
As investigações, conduzidas ao longo de seis meses, incluíram a análise de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), identificação de empresas de fachada, utilizadas para lavagem de dinheiro.
Além disso, foi feito o rastreamento de mais de 500 linhas de serviços de telefonia que utilizam a internet para fazer e receber chamadas, em vez das linhas telefônicas tradicionais de cobre.
O serviço era utilizado pelos criminosos para dificultar a identificação das chamadas.
A atuação policial concentrou-se no núcleo operacional, composto por criminosos responsáveis por realizar contatos telefônicos e enganar as vítimas.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos computadores, celulares, dólares, artigos de luxo e diversos dispositivos eletrônicos utilizados na prática dos golpes.
Um dos alvos já é investigado em crimes da mesma natureza e responde em liberdade.
A PCDF explica que o nome da operação "faz referência ao deus da mitologia nórdica conhecido por sua astúcia, manipulação e habilidade em enganar".
"Alusão direta às longas ligações mantidas pelos golpistas, que chegaram a manter uma vítima por três horas ao telefone", afirmou órgão.
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Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/11/14/golpes-do-falso-advogado-e-da-falsa-central-bancaria-causam-prejuizo-de-r-158-mil-a-vitimas-do-df.ghtml