Cinco dias após crime, IML libera corpo da militar do Exército morta a facadas por soldado no DF
10/12/2025
(Foto: Reprodução) Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, foi encontrada morta após incêndio no quartel do Exército no DF
reprodução
O Instituto Médico Legal de Brasília liberou nesta quarta-feira (10), após cinco dias de análises, o corpo da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, informou o delegado chefe da 2ª DP (Asa Norte), Paulo Noritika.
A militar foi encontrada morta após um incêndio nas instalações do quartel na última sexta-feira (5). O corpo foi carbonizado pelas chamas.
Segundo os exames preliminares do IML, Maria de Lourdes levou duas facadas no pescoço e tinha um hematoma na barriga, provavelmente de um soco ou de uma joelhada. A perícia também indicou que ela morreu antes do incêndio.
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"Em todo fato criminoso envolvendo morte, a identificação do corpo da vítima é necessária (laudo de perícia necropapiloscopica). No caso específico da cabo, tendo em vista o estado de carbonização de seu corpo, para isso, foi necessário colher o material biológico de seus familiares", aponta o delegado chefe da 2ª DP (Asa Norte), Paulo Noritika.
O suspeito de matar Maria de Lourdes é Kelvin Barros da Silva, de 21 anos. Ele está preso desde sexta-feira. Ele confessou a autoria do crime em depoimento à Polícia Civil na manhã de sábado (6).
"Eu coloquei a arma de fogo [da vítima dentro da mochila], saí do quartel, peguei um ônibus e fui para minha cidade. Depois disso, eu taquei a arma no bueiro e e fui para casa", falou o suspeito.
Com a liberação do corpo, a família de Maria de Lourdes deve marcar o velório e o sepultamento da militar nos próximos dias.
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Suspeito ficará preso por tempo indeterminado
Caso é investigado pela polícia e Exército
O caso é investigado pela Polícia Civil e pelo Exército, em inquéritos separados. Após confessar o crime em interrogatório na 2ª Delegacia, Kelvin Barros da Silva foi levado para o Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.
Em audiência de custódia no sábado (6), a Justiça do Distrito Federal decidiu converter a prisão em flagrante de Kelvin em prisão preventiva. Ele continuará preso por tempo indeterminado.
O caso pode ser transferido para a Justiça Militar. O juiz federal Francisco Veras informou em uma decisão que vai comunicar o Tribunal do Júri do TJDFT sobre a competência da corte militar.
Para o magistrado, o fato de o crime estar previsto no código militar, ter sido praticado por militar da ativa e dentro de uma unidade militar faz com que o caso não possa continuar na Justiça comum.
Além do processo criminal, o soldado Kelvin agora também responde a um processo administrativo disciplinar que pede sua expulsão das forças armadas.
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